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A “data limite” de Chico Xavier e a transição planetária

O que está por trás da “profecia da data limite” de Chico.

A “data limite” de Chico Xavier. É possível que você já tenha ouvido falar do que até se chamou de “profecia de Chico Xavier”, um evento que ocorreria em 2019.

Esse ano marcou o cinquentenário da chegada do homem à Lua. Fato esse, sem dúvida, extraordinário para a humanidade, um avanço fabuloso para a ciência, que traria grandes inovações em muitas áreas. E, de fato, Chico se referiu a essa data.

Mas, devido a certas interpretações, propagou-se uma falsa ideia de que o ano de 2019 traria acontecimentos que colocariam um ponto final à existência na Terra.

Por outro lado, outros diziam que essa data seria um delimitador, um marco para o estabelecimento da transição planetária, a passagem para uma nova era, não só para a Terra, mas para a humanidade.

Para esclarecer esse assunto e saber o que realmente Chico falou, vamos consultar uma fonte fidedigna.

E, então, ter um pequeno entendimento da harmonia e da complexidade que regem o Universo e de nossa responsabilidade na manutenção do equilíbrio universal, como habitantes de um planeta pertencente a um sistema cósmico.

A moratória de 50 anos concedida por Jesus à Terra.

A Drª Marlene Nobre, na edição de maio de 2011 da Folha Espírita*, apresentou uma entrevista que ela fez com Geraldo Lemos, quando ele narrou uma conversa que teve com Chico Xavier, em 1986.

E então Gilberto relatou o teor dessa conversa com Chico, que disse:

Nosso Senhor deliberou conceder uma mo­ra­tória de 50 anos à so­ci­e­dade terrena, a iniciar-se em 20 de julho de 1969 (data em que o homem pisou na Lua), e, portanto, a findar-se em julho de 2019.

Ordenou Jesus, então, que seus emissários celestes se empenhassem mais diretamente na manutenção da paz entre os povos e as nações terrestres, com a fi­na­li­dade de colaborar para que nós in­gres­sás­semos mais rapidamente na co­mu­ni­dade planetária do Sistema Solar, como um mundo mais re­ge­ne­rado, ao final desse período.

Algumas potências angélicas de outros orbes de nosso Sistema Solar recearam a dilação do prazo extra, e foi então que Jesus, em sua sabedoria, resolveu es­ta­be­lecer uma condição para os homens e as nações da vanguarda terrestre.”

A condição para a evolução da Terra: evitar a Terceira Guerra Mundial.

“Segundo a imposição do Cristo, as nações mais de­sen­vol­vidas e res­pon­sá­veis da Terra de­ve­riam aprender a se suportarem umas às outras, respeitando as diferenças entre si, abstendo-se de se lançarem a uma guerra de extermínio nuclear.

A face da Terra deveria evitar a todo custo a chamada Terceira Guerra Mundial. Segundo a deliberação do Cristo, se e somente se as nações terrenas, durante este período de 50 anos, aprendessem a arte do bom convívio e da fraternidade, evitando uma guerra de destruição nuclear, o mundo terrestre estaria enfim ad­mi­tido na co­mu­ni­dade planetária do Sistema Solar como um mundo em regeneração.

Nenhum de nós pode prever, Ge­ral­dinho, os avanços que se darão a partir dessa data de julho de 2019, se apenas soubermos defender a paz entre nossas nações mais de­sen­vol­vidas e cultas!”

Uma guerra iniciada pelo homem seria finalizada pela natureza.

Geraldo contou que, intrigado com o assunto, pediu mais detalhes a Chico, que então esclareceu:

“Ah! Ge­ral­dinho, caso a hu­ma­ni­dade encarnada decida seguir o infeliz caminho da Terceira Guerra Mundial, uma guerra nuclear de consequências im­pre­vi­sí­veis e de­sas­trosas, aí então a própria mãe Terra, sob os auspícios da Vida Maior, re­a­girá com violência imprevista pelos nossos homens de ciência.

O homem começaria a Terceira Guerra, mas quem iria terminá-la seriam as forças telúricas da natureza, da própria Terra cansada dos desmandos humanos.

E seríamos defrontados então com terremotos gigantescos, com maremotos e ondas consequentes. Veríamos a explosão de vulcões há muito extintos, enfrentaríamos de­gelos ar­ra­sa­dores que avas­sa­la­riam os polos do globo com trágicos resultados para as zonas costeiras, devido à elevação dos mares.

E, neste caso, as cinzas vulcânicas as­so­ci­adas às ir­ra­di­a­ções nucleares nefastas aca­ba­riam por tornar to­tal­mente inabitável todo o Hemisfério Norte de nosso globo terrestre.”

O ensinamento maior da “data limite”.

Como se pode constatar neste relato fornecido por Geraldo Lemos, não houve, em momento algum, a referência de Chico a uma “data limite”.

Certamente a matéria da Drª Marlene, publicada na Folha Espírita, teve grande repercussão. E foi então que, uma interpretação sensacionalista incitou a imaginação dos que tiveram contato com a informação. Até que, em certo momento, o relato assumiu o porte de uma teoria, ou de uma profecia.

Entretanto, fica claro que após esse período de 50 anos, ou seja, em 2019, não havendo novas guerras que, pelos armamentos desenvolvidos, teriam uma capacidade de destruição inimaginável, “o mundo terrestre estaria enfim ad­mi­tido na co­mu­ni­dade planetária do Sistema Solar como um mundo em regeneração.

O mundo de regeneração certifica a evolução de nosso planeta que, naturalmente, depende da evolução da humanidade. Entretanto, a evolução tecnológica deve ser acompanhada pela evolução moral, pelo respeito ao próximo, pela aplicação prática e diária dos ensinamentos do Cristo.

Mestre, qual é o grande mandamento na lei?
E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.
Este é o primeiro e grande mandamento.
E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas
.

Mateus 22:36-40

Portanto, Chico Xavier não se referiu a uma data limite para a extinção da humanidade. Afinal, “… daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão exclusivamente o Pai.” – Mateus 24:36

Mas, como sabemos, estamos agora, de fato, muito próximos do desenlace do processo de transição planetária, previsto para 2057.

Compreendemos, assim, que o Universo é governado pelos que amam, e que só pelo desenvolvimento do conhecimento e do amor é possível progredir verdadeiramente.

Vamos, então, fazer a nossa parte para que a Terra se transforme nesse belo e admirável novo mundo que a aguarda.

José Batista de Carvalho

*Informações do Jornal “Folha Espírita” – Maio de 2011 – Edição número 441 – Ano XXXVII

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