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Como é um mundo de provas e expiações como a Terra

Santo Agostinho explica como é o mundo de expiações e provas.

O plano espiritual faz uma classificação dos vários mundos existentes no universo de acordo com o grau de adiantamento de sua população. Assim, por exemplo, a Terra é considerada um mundo de provas e expiações. Isto se deve às características da maior parte de seus habitantes, tanto em relação ao aspecto intelectual, mas, sobretudo, quanto ao moral.

É por isso que Santo Agostinho, numa das mensagens* que deixou para compor O Evangelho Segundo o Espiritismo, começa dizendo assim:

“Que vos direi dos mundos de expiações que já não saibais, pois basta observeis o em que habitais? A superioridade da inteligência, em grande número dos seus habitantes, indica que a Terra não é um mundo primitivo, destinado à encarnação dos Espíritos que acabaram de sair das mãos do Criador. As qualidades inatas que eles trazem consigo constituem a prova de que já viveram e realizaram certo progresso.”

Mas também os numerosos vícios a que se mostram propensos constituem o índice de grande imperfeição moral. Por isso os colocou Deus num mundo ingrato, para expiarem aí suas faltas, mediante penoso trabalho e misérias da vida, até que hajam merecido ascender a um planeta mais ditoso.”

Santo Agostinho aqui se refere às inúmeras reencarnações pelas quais todos os Espíritos passam, iniciando a sua jornada de aprendizado num mundo primitivo. E também àqueles que, reincidentes em suas faltas e não aproveitando a oportunidade da existência no planeta em que estão, são degredados para orbes mais rudes. É o caso dos Espíritos que não poderão mais reencarnar na Terra, devido ao movimento da transição planetária, sendo degredados para o planeta Quíron.

A razão das diferenças que se verificam quanto ao desenvolvimento dos habitantes da Terra.

Também há os Espíritos que já se encontram num maior grau de desenvolvimento e encarnam num mundo inferior ao que se encontravam. Quanto a estes, Santo Agostinho traz um esclarecimento adicional, referindo-se particularmente à Terra:

“Entretanto, nem todos os Espíritos que encarnam na Terra vão para aí em expiação. As raças a que chamais selvagens são formadas de Espíritos que apenas saíram da infância e que na Terra se acham, por assim dizer, em curso de educação, para se desenvolverem pelo contato com Espíritos mais adiantados.

Vêm depois as raças semicivilizadas, constituídas desses mesmos Espíritos em via de progresso. São elas, de certo modo, raças indígenas da Terra, que aí se elevaram pouco a pouco em longos períodos seculares, algumas das quais hão podido chegar ao aperfeiçoamento intelectual dos povos mais esclarecidos.

Os Espíritos em expiação, se nos podemos exprimir dessa forma, são exóticos na Terra; já viveram noutros mundos, donde foram excluídos em consequência da sua obstinação no mal e por se haverem constituído,
em tais mundos, causa de perturbação para os bons. Tiveram de ser degredados, por algum tempo, para o meio de Espíritos mais atrasados, com a missão de fazer que estes últimos avançassem, pois que levam consigo inteligências desenvolvidas e o gérmen dos conhecimentos que adquiriram.

Daí vem que os Espíritos em punição se encontram no seio das raças mais inteligentes. Por isso mesmo, para essas raças é que de mais amargor se revestem os infortúnios da vida. É que há nelas mais sensibilidade, sendo, portanto, mais provadas pelas contrariedades e desgostos do que as raças primitivas, cujo senso moral se acha mais embotado.”

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Um dia a Terra deixará de ser um mundo de provas e expiações.

Santo Agostinho finaliza o seu precioso ensinamento da seguinte forma:

“A Terra, conseguintemente, oferece um dos tipos de mundos expiatórios, cuja variedade é infinita, mas revelando todos, como caráter comum, o servirem de lugar de exílio para Espíritos rebeldes à Lei de Deus. Esses Espíritos têm aí de lutar, ao mesmo tempo, com a perversidade dos homens e com a inclemência da Natureza, duplo e árduo trabalho que simultaneamente desenvolve as qualidades do coração e as da inteligência. É assim que Deus, em sua bondade, faz que o próprio castigo redunde em proveito do progresso do Espírito.”

Como se pode compreender, as encarnações expiatórias, apesar do sofrimento que trazem, têm por finalidade não só a melhoria individual, mas de toda a sociedade. Afinal, pela dor e pelo sofrimento vem o entendimento da lei maior que Jesus nos legou: Amar a Deus e ao próximo como a si mesmo.

É pela regeneração do Espírito rebelde e obstinado no mal que o planeta, como um todo, evolui para um mundo superior. Neste, o bem, a harmonia e a felicidade predominam. E este é o destino da nossa Terra, que em breves anos passará de sua condição atual para um mundo de regeneração.

Redação Espiritismo em Foco

Referência

*O Evangelho Segundo o Espiritismo, por Allan Kardec – Capítulo III – Há muitas moradas na casa de meu Pai – Itens 13 a 15 – Mundos de expiações e de provas – Santo Agostinho, Paris, 1862


Será que todos sabem como é o mundo de provas e expiações?
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